Diluições e Homeopatia

Numerosas revisões sistemáticas indicam que homeopatia não é mais efetiva que o efeito placebo (trata-se do termo técnico usado para designar situações em que a mente cura o corpo sem recurso a medicação real). Apesar de preparados homeopáticos, de modo geral, serem inertes e livres de efeitos colaterais, a relutância em buscar tratamento médico convencional, preferindo a homeopatia pode levar a complicações e até mortes.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) aconselha os estados membros a regular a homeopatia de forma a garantir a inocuidade dos produtos que são comercializados sem prescrição médica.

O paracetamol, na sua aplicação mais comum, é conhecido por ser um medicamento de largo consumo a nível mundial, empregue no controlo da febre (antipirético) e da dor (analgésico) moderadas, sem apresentar significativas propriedades anti-inflamatórias. Conjuntamente com estas propriedades farmacológicas, o facto de este composto químico ser bem tolerado pelo organismo humano (inclusive em crianças), nas doses aconselhadas e nas terapêuticas adequadas, e o facto de, industrialmente, ser de produção económica, tornaram o paracetamol num dos mais famosos e comercializados analgésicos do mercado.

De forma semelhante ao que se pratica na homeopatia, 20 alunos do 10.º ano, no âmbito da «Experiência do mês», foram desafiados a, por sucessivas diluições, com fator de diluição 50, de uma solução inicial de 500 mg/L, prepararem uma solução aquosa com uma concentração muito baixa de soluto, aproximadamente 1 molécula de paracetamol/dm3!

Calcularam também o fator de diluição total de todo este processo.



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